Pele

O lado escuro do sol

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O uso do protetor solar é uma arma indispensável para prevenir o câncer de pele, mas mesmo assim, é preciso tomar cuidado quanto à exposição solar. Uma pesquisa realizada em conjunto com os cientistas brasileiros Camila Mano e Etelvino Bechara da Universidade de São Paulo, e publicada na revista Science, mostra que a radiação solar ainda age no organismo até três horas depois da exposição ao sol.

Além de respeitar o horário de se expor ao sol e usar um filtro solar adequado, há mais uma forma de se proteger dos efeitos prolongados da radiação solar, aplicar um antioxidante. Estudos publicados no “Journal of Investigative Dermatology”, um dos mais importantes jornais científicos, revelaram que a vitamina C pura fica armazenada na pele por mais de 24 horas e a associação desse ativo com ácido ferúlico e vitamina E é capaz de duplicar a fotoproteção da pele.

Os filtros solares são projetados para serem escudos para a pele, protegendo-a da absorção de radiação UV danosa. Uma vez que trabalham na superfície da pele, eles são facilmente removidos por lavagem ou fricção. Antioxidantes, por outro lado, são concebidos para funcionar não só na superfície da pele, mas também no interior dela. Já que funcionam por mecanismos diferentes, os mesmos devem ser complementares.

“É importante distinguir que cada um tem sua função, os fotoprotetores formam uma barreira que bloqueia a penetração da radiação UV, porém atuam somente a nível superficial. Já os antioxidantes conseguem penetrar nas camadas mais profundas da pele agindo internamente reforçando e potencializando a fotoproteção da pele”, explica Miriam Szrajbman, responsável pela comunicação científica da SkinCeuticals.

Além disso, os filtros solares na concentração usual conseguem bloquear somente em 55% a formação de radicais livres, outro motivo para fazer o uso do antioxidante. O ideal é fazer a associação dos dois produtos, o modo correto de uso é primeiro limpar a pele, aplicar o antioxidante e depois o filtro solar.